Lidar com os diferentes pontos de vista e opiniões em torno de um mesmo tema é um dos papeis da facilitação de grupos. Apesar de a diversidade, em seus inúmeros espectros, proporcionar interações mais ricas e verdadeiras, a polaridade em cenários complexos é um dilema. Nas organizações, ainda há o desafio da escuta de quem pensa diferente ou tem uma opinião divergente em torno das atitudes, condutas, processos, políticas, estratégias e gestão dos negócios.
Ter a abertura para identificar e trazer à tona as tensões e os conflitos nos ambientes corporativos, tanto internamente quanto externamente, ajuda na tomada de decisão com a intenção de construir pontes, estabelecer relações mais maduras e criar um clima mais saudável, sem perder o foco no negócio e sua identidade.
É comum ainda uma certa rigidez e falta de abertura para abrir mão do caminho escolhido. Não há unanimidade – é preciso gerenciar as tensões. Esse já é um grande ganho.
Afinal, a dualidade é inerente ao ser humano. A tensão gerada nas polaridades se dá também porque são ambíguas e paradoxais. Aí que entra o benefício da facilitação. Investir tempo e energia para emergir as divergências e encontrar novos caminhos mais convergentes. Para isso, conhecer as motivações, os porquês que guiam a organização com a intenção de fazer pontes em torno de um propósito comum.
Polaridades são ambíguas e paradoxais
Uma observação relevante é reconhecer as polaridades que geram tensão e esforço. Um exemplo é conhecer e reconhecer os pensamentos, sentimentos e atitudes – como a voz e as ações – baseadas numa postura de certo e errado. Querer conhecer a voz (mesmo sem revelar abertamente, mas existente no diálogo interno) que sente “eu estou certo. O outro está errado.” Saber que pensa e sente que é melhor, sabe mais, está certo. Pensar diferente não torna o outro seu inimigo ou inferior a você. Isso vale para interações entre stakeholders, opinião pública e até mesmo entre times, lideranças e áreas.
Para gerenciar essa tensão, uma boa dose de intenção de colaborar. Na construção de um cenário de convergência, por exemplo, ambientes que as pessoas encontram um propósito comum, fortalece a cultura organizacional. Neste sentido, as facilitações ajudam na identificação dos obstáculos, das divergências, frustrações e vulnerabilidades, sem perder de vista a identidade do negócio.
Já em casos de gestão de stakeholders ou grupos externos à organização que expressam divergências de condutas e visões de mundo é possível facilitar um espaço de diálogo e gerar novos padrões de ações que incluam o olhar ao outro com respeito também. Mas a intenção de cooperar também deve ser incluída.
Interações sadias, focadas e significativas são capazes de transformar pessoas, organizações e até o mundo. A Navigo utiliza a facilitação e o autoconhecimento para cocriar estratégias criativas de negócios e desenvolver uma liderança facilitadora na solução de desafios complexos.