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Estratégia de sustentabilidade para projeto de geração de energia

Cliente/Setor

Multinacional no setor elétrico  (Nome protegido por acordo de confidencialidade)

Desafio

Integrar o projeto e as partes interessadas de forma a encontrar juntos soluções e medidas, incluindo um olhar para as questões ambientais, sociais, culturais e políticas, desde a fase de concepção da instalação do empreendimento, sua construção e operação.

Solução

Envolvimento proativo das partes interessadas, especialmente comunidades das cidades da região, influenciadores, autoridades governamentais, acadêmicos e especialistas a partir da realidade encontrada e da construção de relacionamento de confiança. Esclarecimento de dúvidas, mitos, medos e preocupações, assim como mediação de conflitos e diferentes visões dos impactos do empreendimento. Criação de one voice após sessões de facilitação com diferentes grupos e capacitação on the job de equipe interna, para ações proativas com as partes interessadas.

Resultados

Integração do projeto à região e à opinião pública com indicadores de performance dentro dos princípios de governança (ESG), impacto positivo no ecossistema e estabelecendo parâmetros para demais empreendimentos semelhantes na diversificação da matriz energética

O QUE APRENDEMOS FACILITANDO ESTRATÉGIAS EM GESTÃO DE SUSTENTABILIDADE

Recentemente, falamos dos ganhos gerados nas facilitações quando se trata de imprimir uma cultura de sustentabilidade numa organização ou num setor. Além desses ganhos, o processo feito colaborativamente tem trazido reflexões nas dinâmicas de facilitação que ajudam na tomada de decisão estratégica das empresas e no engajamento para mais conexão com as marcas.

É claro que as respostas a essas reflexões irão depender da filosofia de cada empresa ou setor. Não tem resposta certa ou errada. Tem um olhar mais apurado das vantagens e desvantagens de uma decisão estratégica. Envolver os líderes, as áreas e os times para fortalecer uma cultura que estabeleça pontes com as partes interessadas. Isso vale também para incluir os stakeholders. Não tem uma receita ou fórmula nas facilitações. Cada caso é um caso e depende do momento também. Importante é criar os espaços de escuta e reflexões com boas perguntas.

Reflexões em facilitações envolvendo uma cultura para a sustentabilidade:

 

  • Quando a sustentabilidade é vista na organização como uma estratégia do negócio, parte do DNA, da cultura, o envolvimento dos líderes, áreas e times é mais presente. Áreas de sustentabilidade têm liderado as discussões nas sessões de facilitação para permear a gestão da sustentabilidade em toda a organização numa construção coletiva. É bem diferente quando há apenas ações pontuais e táticas capitaneadas apenas por uma área ou setor na empresa.
  • Reunir os impactos – positivos e negativos – em torno das questões ambientais, sociais, culturais, políticas e econômicas de uma organização ou setor traz mais previsibilidade e assertividade para sustentar o rumo no longo prazo diante das adversidades e vulnerabilidades inerentes na governança dos negócios.
  • Há muitos exemplos de polarizações de opiniões diante dos benefícios, oportunidades e riscos que um negócio traz para a sociedade. Ter espaços customizados para ter uma fotografia do cenário atual, das tendências, da inclusão das diferentes visões de mundo de grupos que pensam ou fazem pressão ao negócio sem querer impor ou submeter seu posicionamento. É um exercício.
  • Envolver a cadeia de valor é tão importante quanto incluir os times internos no processo e na gestão da sustentabilidade.
  • A falta de processos também cria um gap ou um overlap de atividades que torna o plano de ação capenga. Os investimentos em consultoria para o desenho de cenários transformadores nem sempre são acompanhados da implantação. A facilitação é uma maneira de implantar e engajar.
  • A confusão de papeis e responsabilidades entre as áreas. Sustentabilidade não é comunicação, mas há uma tradução das ações de sustentabilidade em materiais de comunicação. Por isso, ainda há muitas críticas no processo de desenvolvimento das ferramentas propostas, como o GRI, que materializa um relatório de sustentabilidade. Mas, muitas vezes, utilizada apenas como uma ferramenta de comunicação ou marketing e ainda se perde a conexão com a identidade da marca, da proposta de valor do negócio. Comunicação é consequência.
  • Compromissos públicos assumidos por setores ou empresas com objetivos, metas e resultados podem ser construídos conjuntamente entre profissionais de diferentes áreas, envolvendo acadêmicos, estudiosos, influenciadores e stakeholders relevantes. Nas facilitações é possível criar um processo de aprendizado, descoberta e associação de ideias. É um baita valor para o negócio.
  • Manifestos – que são declarações públicas de intenções e princípios de um setor, um projeto, uma empresa – têm o comprometimento do grupo quando feitos durante um processo de facilitação tendem a refletir mais verdade, consistência e coerência entre o discurso e a prática.

Interações sadias, focadas e significativas são capazes de transformar pessoas, organizações e até o mundo. A Navigo utiliza a facilitação e o autoconhecimento para cocriar estratégias criativas de negócios e potencializar uma liderança facilitadora na solução de desafios complexos.

E você? Quer nossa ajuda para facilitar e cocriar novos caminhos para sua organização ou setor? Fale com a gente ?

 

SUSTENTABILIDADE: GANHOS NAS INTERAÇÕES PARA CODESENVOLVER NOVOS CAMINHOS E SOLUÇÕES

Uma das origens do nosso trabalho de facilitação de grupos é a condução de oficinas com a participação de líderes, times e stakeholders para a governança ligada à gestão de sustentabilidade no âmbito dos negócios. Vivenciamos transformações quando a bússola apontando o propósito da organização encontra coerência entre o discurso e as ações vivenciadas de forma sistêmica nas questões de sustentabilidade, em suas múltiplas dimensões – ambientais, sociais, políticas, culturais e econômicas.

A pandemia que abala o mundo atualmente é um exemplo de conexão e integração entre os problemas complexos. O momento é delicado e acelerou algumas tendências no tema da sustentabilidade nas organizações. Impulsionada pelas declarações nas últimas cartas anuais assinadas por Larry Finch, presidente do conselho e diretor executivo da Blackrock – a maior gestora global de ativos, a sustentabilidade ganha uma ferramenta no mercado financeiro a partir dos critérios ESG (Environmental, Social e Governance), adotados para avaliar os investimentos e que agora tem expandido esse conceito nas empresas para a gestão dos riscos socioambientais das empresas e de um setor.

Essa tendência também é corroborada por organizações como SASB Sustainability Accounting Standards Board e o GRI (Global Reporting Initiative) que fornecem padrões para relatar informações de sustentabilidade que tenham maior potencial de afetar a performance financeira de uma companhia, entre outras também apoiadas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) instituídos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Há também movimentos que ampliam essa discussão, como capitalismo consciente, capitalismo de stakeholders, economia circular e Certificação B Corp, entre outras iniciativas da importância de um propósito além do lucro e de como resolver problemas da sociedade.

Em sessões de facilitação – agora também muito mais on line do que presencial – é possível criar um espaço de escuta e /ou diálogo para incluir diferentes vozes diante de pontos de vistas, ideias e opiniões em cenários complexos bem como codesenvolver caminhos e soluções estratégicas, sejam essas organizacionais ou setoriais, a fim de lidar com os impactos dos negócios para a sociedade e para o planeta.

Os ganhos das interações facilitadas na gestão da sustentabilidade
  • Ratificar a clareza de propósito, de objetivos do negócio e das iniciativas
  • Estruturar uma reflexão franca sobre os principais riscos, as oportunidades, os benefícios e os impactos disponíveis e/ou relatados em relatórios de sustentabilidade com indicadores e metas e ainda definir os próximos passos
  • Ouvir e alinhar as razões, as motivações da estratégia adotada na gestão da sustentabilidade
  • Aterrissar a estratégia para a implantação ao longo de toda a organização
  • Mobilizar para desenvolver plano de ação com os responsáveis pela operação, sensibilizando, comprometendo e envolvendo as áreas e times como agentes de transformações também
  • Trazer mais verdade, legitimidade e consistência como ponto de partida de uma campanha de comunicação
  • Engajar, engajar e engajar durante o processo
  • Incluir vozes da cadeia de valor e dos influenciadores, grupos de pressão e stakeholders, gerenciando as tensões criadas pelas polarizações
  • Criar convergência em cenários de divergência
  • Adotar medidas e ações mais assertivas, sejam elas preventivas, mitigatórias ou compensatórias, estabelecendo pontes entre a organização, o setor, a sociedade civil organizada, a comunidade, os acadêmicos e estudiosos, além dos representantes governamentais e regulatórios, entre outras partes interessadas
  • Construir coletivamente. Seja em ações pontuais, como uma convenção ou ainda numa certificação ou desdobramento de um movimento, programa, projeto
  • Diminuir a dicotomia entre a identidade real de uma organização ou setor e sua imagem e reputação
  • Refletir sobre a autorresponsabilidade individual e coletiva a serviço de um bem maior: o planeta
  • Amadurecer emocionalmente com mais autoconhecimento para administrar as pressões e incluir a saúde mental no bojo das discussões
  • E ainda: O processo das facilitações é uma forma de engajamento com embaixadores que validam os negócios no longo prazo.

A forma como as pessoas se reúnem e lidam com os mais diversos desafios fala muito da cultura da organização e até de um setor. Transformar a maneira que você reúne e lidera grupos de trabalho é o jeito mais simples de alavancar a criatividade, a produtividade, o engajamento e até levar a cultura para um outro nível.

E você? Quer nossa ajuda para facilitar e cocriar novos caminhos para sua organização ou setor? Fale com a gente ?

FACILITAÇÃO: PONTE EM AMBIENTES DE POLARIDADES

Lidar com os diferentes pontos de vista e opiniões em torno de um mesmo tema é um dos papeis da facilitação de grupos. Apesar de a diversidade, em seus inúmeros espectros, proporcionar interações mais ricas e verdadeiras, a polaridade em cenários complexos  é um dilema. Nas organizações, ainda há o desafio da escuta de quem pensa diferente ou tem uma opinião divergente em torno das atitudes, condutas, processos, políticas, estratégias e gestão dos negócios.

Ter a abertura para identificar e trazer à tona as tensões e os conflitos nos ambientes corporativos, tanto internamente quanto externamente, ajuda na tomada de decisão com a intenção de construir pontes, estabelecer relações mais maduras e criar um clima mais saudável, sem perder o foco no negócio e sua identidade.

É comum ainda uma certa rigidez e falta de abertura para abrir mão do caminho escolhido. Não há unanimidade – é preciso gerenciar as tensões. Esse já é um grande ganho.

Afinal, a dualidade é inerente ao ser humano. A tensão gerada nas polaridades se dá também porque são ambíguas e paradoxais. Aí que entra o benefício da facilitação. Investir tempo e energia para emergir as divergências e encontrar novos caminhos mais convergentes. Para isso, conhecer as motivações, os porquês que guiam a organização com a intenção de fazer pontes em torno de um propósito comum.

Polaridades são ambíguas e paradoxais

Uma observação relevante é reconhecer as polaridades que geram tensão e esforço. Um exemplo é conhecer e reconhecer os pensamentos, sentimentos e atitudes – como a voz e as ações – baseadas numa postura de certo e errado. Querer conhecer a voz (mesmo sem revelar abertamente, mas existente no diálogo interno) que sente “eu estou certo. O outro está errado.” Saber que pensa e sente que é melhor, sabe mais, está certo. Pensar diferente não torna o outro seu inimigo ou inferior a você. Isso vale para interações entre stakeholders, opinião pública e até mesmo entre times, lideranças e áreas.

Para gerenciar essa tensão, uma boa dose de intenção de colaborar. Na construção de um cenário de convergência, por exemplo, ambientes que as pessoas encontram um propósito comum, fortalece a cultura organizacional. Neste sentido, as facilitações ajudam na identificação dos obstáculos, das divergências, frustrações e vulnerabilidades, sem perder de vista a identidade do negócio.

Já em casos de gestão de stakeholders ou grupos externos à organização que expressam divergências de condutas e visões de mundo é possível facilitar um espaço de diálogo e gerar novos padrões de ações que incluam o olhar ao outro com respeito também. Mas a intenção de cooperar também deve ser incluída.

Interações sadias, focadas e significativas são capazes de transformar pessoas, organizações e até o mundo. A Navigo utiliza a facilitação e o autoconhecimento para cocriar estratégias criativas de negócios e desenvolver uma liderança facilitadora na solução de desafios complexos.