comunicação como instrumento de alinhamento

A COMPLEXIDADE DA COMUNICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES

A comunicação é uma daquelas palavras que tem inúmeros significados. No ambiente corporativo não é diferente. Usa-se a palavra “comunicação” em muitas situações e contextos. Do latim communicare, significa tornar comum, compartilhar, trocar opiniões, associar. Enfim!  Comunicação é a ponte entre as relações.

 Nos estudos das ciências da comunicação, é possível encontrar inúmeras referências nacionais e internacionais para a arte de comunicar. Para efeito de contexto, vale compartilhar os conceitos de visão sistêmica e de comunicação integrada. Numa organização, é relevante encontrar o fio condutor consistente, coerente, simples e objetivo no discurso que reflita a prática e ainda dê sentido na conexão com seus públicos, ou seja, são relações.

Visão Sistêmica

Uma das citações mais populares para exemplificar a capacidade de um olhar um cenário mais completo do que apenas um fato isolado é dizer que se “olha a floresta, não só a árvore.” No ambiente dos negócios é uma capacidade esperada da liderança para que tenha um olhar sobre as relações de causa e efeito para as melhores avalições de cenários e situações para as tomadas de decisões. Por isso, a comunicação também é sistêmica. Não é linear! É transdisciplinar.

“Mix” da comunicação integrada

Um plano estratégico e operacional de comunicação deve abarcar para quem essa comunicação é direcionada, com que objetivo, por que, como isso será feito [neste sentido, as ações e os meios escolhidos], quando e quais os resultados esperados. É um desdobramento do plano estratégico do negócio e seu cascateamento com um plano e ação 5W2H.

A comunicação integrada será a expressão e tradução da identidade de uma organização em seu ambiente interno e externo – agora on line, presencial ou para usar um jargão dos profissionais da área (no ambiente off line). Temos então:

  1. Comunicação Institucional: Focada na abordagem para reforçar a identidade, imagem e reputação de uma marca. Esse público nem sempre é seu cliente, mas os segmentos influenciadores que vão desde jornalistas, personalidades reconhecidas pela opinião pública, estudiosos e especialistas no tema do negócio, autoridades governamentais e regulatórias, sociedade politicamente organizada, entre outros stakeholders envolvidos. Por isso, uma relação mais direta desta finalidade de comunicar com os processos de governança corporativa. Uma prestação de contas aos acionistas, sociedade e partes interessadas direta ou indiretamente no negócio.
  2. Comunicação Mercadológica: Foco em vendas! O público aqui são clientes sejam eles os usuários ou compradores de produtos e serviços. Áreas de Marketing, de Vendas direcionam seus planos focados na intenção de estabelecer essa venda que inclui toda a cadeia direta de valor do ciclo de vida de um produto ou serviço. Mas é claro que as atitudes refletidas nas ações, nos caminhos escolhidos para atingir os resultados e as vantagens competitivas impactam a imagem e reputação. Marketing também é um processo sistêmico! O processo de comunicação também está presente o tempo todo!
  3. Comunicação Interna: Foco no público interno. As relações entre os líderes e seus times, a integração entre as áreas, as pessoas. Sejam pelas redes formais ou informais, legitimadas ou não dentro de uma organização. Mais do que nunca, a relação com os funcionários tem sido priorizada na nova economia. Conceitos como o EVP (Employee Value Proposition), jornada do colaborador, marca empregadora dão lugar a uma comunicação interna mais estratégica, conectada com a identidade da marca e a construção de imagem e reputação.
  4. Comunicação Administrativa: Antes vista como um apêndice da comunicação interna, ganhou mais relevância no ambiente dos negócios com os novos modelos de processos logísticos que incluem fornecedores, parceiros, terceiros e intermediários que impactam a gestão da empresa. Fluxo contínuo de informações para a integração entre as áreas, relacionamentos com a cadeia de valor. Aqui! O papel das lideranças é imprescindível para a costura e integração refletida numa comunicação não só eficiente, mas eficaz!

Esses conceitos ajudam a entender um pouco a fragmentação vivida ainda no ambiente dos negócios [e da humanidade.rs] e que evolui a cada dia numa velocidade mais exponencial porque as interligações estão ficando mais evidentes. Isso é muito bom! A interconectividade e a tecnologia estão aí para auxiliar na longevidade da humanidade e dos negócios. A teoria serve para nos ajudar a lidar com a prática. Os desafios gerenciais e dos negócios também passam por lidar também com todos os ruídos e erros que ocorrem quando se caminha.

Comunicação é efeito! Não é causa! Quanto mais verdadeira, mais conexão gera! A gestão da marca e os conceitos de branding também ajudam porque a identidade de uma organização é fruto de uma visão clara do propósito e dos objetivos estratégicos e isso traduz o valor do negócio.

Mas quem faz acontecer são as pessoas! Elas são as raízes que permitem à organização fluir e crescer. Cultura é feita na interação das pessoas, nas trocas sadias, com senso de pertencimento, colocando em prática valores e crenças. Comunicação é consequência!

Interações sadias, focadas e significativas são capazes de transformar pessoas, organizações e até o mundo. A Navigo utiliza a facilitação e o autoconhecimento para cocriar estratégias criativas de negócios e potencializar uma liderança facilitadora na solução de desafios complexos.